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A produção de milho consorciado nas lavouras de café durante a fase de esqueletamento tem sido uma prática recomendada pelo Cenicafé para promover a segurança alimentar, gerar renda complementar e aumentar a sustentabilidade dos sistemas de produção de café. Para avaliar o efeito da densidade de plantio do híbrido de milho branco biofortificado com zinco SGBIOH2 sobre a produção de dois ciclos de milho consorciado e sobre a produção cumulativa de duas safras de café, foi realizada uma pesquisa em quatro estações experimentais do Cenicafé: Naranjal (Caldas), La Catalina (Risaralda), El Rosario (Antioquia) e El Tambo (Cauca). O experimento foi estabelecido por meio de um projeto de blocos completos aleatórios com quatro tratamentos de densidade de plantio de milho consorciado (45.000, 50.000, 55.000 e 60.000 plantas por hectare) e um controle absoluto em que nenhum milho foi plantado, que foram avaliados em nove blocos por local em parcelas de 48 m2. A produtividade do milho híbrido consorciado aumentou linearmente em todos os locais à medida que a densidade de plantio aumentou de 45.000 para 60.000 plantas por hectare (Pr > F = 0,0001). A produção de café não foi afetada por nenhum dos tratamentos de densidade de plantio de milho (Pr > 0,05), indicando baixa concorrência entre as duas culturas. Da mesma forma, a qualidade física do café, representada pela relação café cereja/café em pergaminho seco e o fator de rendimento da debulha, também não foi afetada por nenhum dos tratamentos de densidade avaliados.