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A fim de contribuir na busca de alternativas para compensar a escassez de mão-de-obra na colheita do café na Colômbia, foi estabelecida uma estratégia de gestão de mão-de-obra para este trabalho em duas estações experimentais do Cenicafé, atribuindo a diferentes lotes do mesmo tamanho, um determinado número de colhedores (grupos de 1, 2, 4 e 6) para avaliar os indicadores de colheita e estabelecer a relação com o rendimento operacional (kg h-1). Foram registrados o número de frutos maduros deixados na árvore (eficiência), número de frutos maduros e verdes deixados no chão (perdas), número de frutos verdes na massa colhida (qualidade da colheita) e o tempo necessário para a colheita. Não foi observada nenhuma relação entre o rendimento operacional de cada grupo de colhedores e os indicadores de colheita; entretanto, verificou-se que ao analisar apenas a eficiência da colheita, os rendimentos operacionais médios dos colhedores nos grupos com um, dois e seis colhedores designados por lote foram estatisticamente superiores à média nacional de rendimento de colheita de café (11,8 kg h-1), indicando que grupos de um ou dois colhedores podiam colher a mesma quantidade de café que grupos de até seis colhedores por lote. Este resultado mostra a possibilidade de estabelecer estratégias para a colheita do café com poucos colhedores e adotar conjuntamente os novos sistemas de colheita gerados pela Cenicafé, diante de cenários de escassez de mão-de-obra.